quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cidadão jornalista vs Jornalista profissional


“O cidadão jornalista versus jornalista profissional”

Neste trabalho, para a disciplina de Jornalismo Digital, vou apresentar uma breve explicação dos conceitos de cidadão jornalista e de jornalista profissional, tendo como base vários sites na internet. Dar uma visão destes dois conceitos tendo em conta o seu surgimento e a opinião de certos jornalistas e não só acerca deste tema.

Ao longo dos anos 90 foram-se registando profundas alterações nas formas de conceber e praticar o jornalismo. Estas transformações tiveram a ver com a situação do mercado, com as relações entre os diferentes meios e o surgimento de novos meios de comunicação e, ainda, com o relacionamento com o público por causa do surgimento de novas tecnologias.
O conceito de cidadão jornalista deriva do conceito de jornalismo cidadão (ou jornalismo colaborativo, jornalismo open source, jornalismo participativo). Jornalismo cidadão “é uma ideia de jornalismo na qual (texto + imagem+ som+ vídeo) é produzido por cidadãos sem formação jornalística, em colaboração com jornalistas profissionais. Esta prática caracteriza-se pela maior liberdade na produção e veiculação de notícias, já que não existe formação específica no jornalismo para os indivíduos que a executam” (in Wikipedia). Este tipo de jornalismo pode ser uma apresentação de notícias, mais concretamente novidades, que pode ter ou não um conteúdo verdadeiro, uma vez que se parte do princípio que uma pessoa não é profissional não tem de seguir a ética jornalística, logo a veracidade do documento (texto) pode ser questionada.
O jornalismo cidadão ganhou alguma força nos últimos anos, com os avanços na tecnologia que permitem que qualquer cidadão registe acontecimentos relevantes (com o seu telemóvel) e os possa divulgar através dos tradicionais meios de comunicação ou na internet. Com esta evolução tecnológica, o método de noticiar passa pelo texto, pelo som, pela imagem e pelo vídeo o que torna mais credível o cidadão jornalista.
Temos o exemplo dos EUA, em que existem polícias a exercer violência gratuita sobre cidadãos. As imagens, para além do impacto público, permitiram que o sistema judicial castigasse os autores da violência.
Tendo em conta este exemplo, posso dizer que o cidadão jornalista foi útil para divulgar uma violação à norma, logo o cidadão que divulgou teve mais credibilidade por parte dos meios de comunicação. Na minha opinião, neste caso este tipo de jornalismo é importante para divulgar algo de mal que se passe, dando oportunidade aos meios de comunicação social para difundir novidades.
O jornalismo cidadão não pode ser considerado jornalismo cívico, que é o jornalismo profissional caracterizado pela cobertura jornalística dos veículos de imprensa voltados para informar o público e para fazer com que o público forme uma opinião acerca de algo.
O jornalista profissional é um “profissional que trabalha em comunicação social, exercendo funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a ser divulgados através de publicações, agências noticiosas, televisão ou rádio”(in Infopedia).
Há muitos que concordam com o jornalismo cidadão, há outros que não… Para uns o jornalismo cidadão é um a oportunidade de democratizar a informação, a partir do momento em que qualquer pessoa teria acesso aos meios de comunicação, não apenas como leitor ou espectador, mas colaborando na produção do material difundido. Para outros é uma maneira do jornalista profissional ficar sem trabalho, no sentido de não ter que procurar a novidade a informação para divulgar.
Shayne Bowman e Chris Willis definem o jornalismo cidadão como “actos de cidadãos que têm um papel activo no processo de pesquisa, reportagem, análise e distribuição de notícias e informações. A intenção desta participação é fornecer informação independente, confiável, precisa e abrangente e relevante que a democracia requer”.
O jornalismo cidadão pode ser classificado em cinco tipos diferentes: participação do público; websites jornalísticos independentes; websites de notícias totalmente alimentados por usuários; websites de média colaborativa e contributiva; websites de transmissão pessoal.
Em países como EUA, França e Brasil foram formados centros para ajudar a promover a prática do jornalismo cidadão.
O jornalismo cidadão permite uma maior interacção entre os jornalistas profissionais e os cidadãos, isto é possível porque os cidadãos se tornam num tipo de jornalistas que dão informações aos jornalistas profissionais.
Para Steve Yelvington “…isto do jornalismo cidadão é uma coisa boa e não pedimos às pessoas para cobrir acontecimentos ou para substituir o jornalista, mas para partilha de opiniões e troca de informações.”

Para concluir, na minha opinião o cidadão jornalista é importante para que o jornalista profissional tenha acesso a outras novidades, que sem o cidadão não conseguia obter.
O jornalismo cidadão não significa que o público tenha que desempenhar uma função jornalística, apenas pode dar a sua opinião acerca de trabalhos feitos por profissionais. Mas acho que o jornalismo deve ser deixado para o jornalista profissional, porque este tem que seguir regras que o cidadão não é obrigado a seguir, apesar de se esperar que o cidadão não utilize este tipo de jornalismo para enganar seja quem for.
Na minha opinião, o jornalismo cidadão veio para ficar, apesar de nunca vir a possuir a credibilidade do jornalismo profissional.



Sara Santos
Aluna nº 2005281
3º Ano Comunicação Social



BIBLIOGARFIA:

- URL: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_cidad%C3%A3o>

- URL: <http://setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailF.&rec=8912>

- URL:< http://4quadrantes.blogspot.com/2008/03/o-cidado-jornalista-vs-jornalista.html>

- URL:< http://www.jppereira.com/engrenagem/?p=208>

- Bastos, Heldes(2000), Jornalismo Electrónico: Internet e configurações de práticas nas redacções, in Bastos, Helder, A emesgência do jornalismo digital (pp.140-148)

- Correia, Fernando (2000), Jornalismo e sociedade, in Correia, Fernando, O lugar dos jornalistas (pp.59-64), Editorial “Avante!”

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