Entrevista com Luís Carlos Melo
Por Sara Santos
Luís Carlos Melo tem 38 anos, jornalista da Rádio Regional do Centro há 16, vive diferentes sensações todos os dias. Actualmente está a tirar o curso de Comunicação Social. Para este jornalista a rádio continua a desempenhar a sua função na sociedade, apesar da existência de novas tecnologias. A seguir, Luís Carlos Melo fala-nos de si.
Sara Santos: O que significa a rádio para si?
Luís C. Melo: É um mundo infindável de sensações diárias. Em rádio, cada dia, cada hora, cada minuto são diferentes. A incerteza permanente da certeza que é ter de estar “no ar” e não defraudar quem nos ouve, aumenta o risco de um AVC (o saudoso Jorge Perestrelo é um exemplo) mas é fascinante.
Por Sara Santos
Luís Carlos Melo tem 38 anos, jornalista da Rádio Regional do Centro há 16, vive diferentes sensações todos os dias. Actualmente está a tirar o curso de Comunicação Social. Para este jornalista a rádio continua a desempenhar a sua função na sociedade, apesar da existência de novas tecnologias. A seguir, Luís Carlos Melo fala-nos de si.
Sara Santos: O que significa a rádio para si?
Luís C. Melo: É um mundo infindável de sensações diárias. Em rádio, cada dia, cada hora, cada minuto são diferentes. A incerteza permanente da certeza que é ter de estar “no ar” e não defraudar quem nos ouve, aumenta o risco de um AVC (o saudoso Jorge Perestrelo é um exemplo) mas é fascinante.
Sara Santos: Como conseguiu ir trabalhar para uma rádio?
Luís C. Melo: Candidatei-me. Fiz uns testes. Foi engraçado todo o tempo que passei desde o candidatar-me até ser aceite. Terão achado algum jeito no moço e contrataram-no.
Sara Santos: Acha que qualquer pessoa pode trabalhar numa rádio? Que características são necessárias para trabalhar na rádio? É preciso gostar de música?
Luís C. Melo: Nem toda a gente pode trabalhar numa rádio. Tem de ter o mínimo de jeito (que depois vai aperfeiçoando), nascer já com algum “bichinho” pela comunicação, saber comunicar e ter espírito de sacrifício.
Sobre música depende da função. Num jornalista, é óbvio, que não é condição essencial (a não ser que escreva sobre música), já num animador de emissão o caso muda de figura. Com que cara é que vai “promover” uma coisa que não gosta?!. Tem de gostar (de que género já é questão acessória), conhecer e estar actualizado em relação ao mundo musical.
Sara Santos: A rádio tem futuro em Portugal?
Luís C. Melo: Claro que tem. Já se questionava o futuro dos jornais de papel quando, há anos, surgiu a Internet e os jornais on-line, e a verdade é que eles aí se mantêm.
Em Portugal, por exemplo, a rádio está a passar uma fase difícil (perdeu mais de 300 mil ouvintes em 2005 e as receitas publicitárias têm vindo a descer), devido sobretudo ao alargamento do horário de programação das televisões e ao surgimento das novas tecnologias que permitem terá música que se gosta sempre por perto (mp3, dvd, cds, net, telemóveis, …). É, no entanto, uma fase que irá ser ultrapassada mais ano menos ano, com algumas adaptações da rádio às necessidades reais do auditório.
Sara Santos: Acha que, hoje em dia, os portugueses são mais dependentes da rádio?
Luís C. Melo: Pelo contrário. Hoje cada vez menos a rádio influencia a vida das pessoas. A televisão sim, vai tendo esse poder. Substituiu-se à rádio. As pessoas estão mais dependentes do que mostra. E a internet prepara-se para destronar a televisão. É só dar tempo ao tempo para isso suceder. A rádio funciona hoje para nichos específicos e já não para grandes massas, e por isso faz depender pouco dela.
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